Conversar pode ser contar com todos e todas

Estivemos ontem à conversa na Feira do Livro de Mértola com a Cristina Taquelim, o Miguel Horta, a Maria do Rosário Fernandes e a Natália Cardeira, o Pedro Faria Bravo, o Tiago Peleija, o Luís Caetano e a Manuela Barros Ferreira a ouvir falar de projectos e experiências de trabalho a escutar pessoas que têm poucas oportunidades para fazer a sua voz ser ouvida. Falámos
de proximidade
de empatia
do valor do saber de cada um e de cada uma
dos livros que não são apenas livros, porque para além da história neles fixada contam também as estórias das pessoas que os lêem
de que só tem voz quem quer falar e que há quem o não queira fazer
de a língua ser uma ferramenta da voz, e de as palavras nos darem o poder de permanecer em silêncio
de haver pessoas, artistas, que escrevem e contam as histórias daqueles/as que estão furiosamente zangados/as com as palavras
de pessoas diferentes se tornarem equipas que se desafiam, complementam e, juntas, arriscam
do silêncio, tão essencial à escuta
de nos olharmos nos olhos e só ali permanecermos
de o mais importante ser a relação
de bibliotecas fora de si
de que se pode ler em qualquer lugar
de andarmos de radar ligado a sentir as comunidades com que trabalhamos
de a comunidade poder ser uma laranja (uma história que fica para a próxima vez)
e de tanto mais…
E ainda se contámos histórias, lemos e rimos.
Ontem foi assim, e hoje às 17h00 há contos e cantos no encerramento da Feira do Livro.
Vinde!

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