Os encontros também se procuram, como os tesouros. Assim, andamos pelo território na expectativa de encontrar quem nos revele histórias e contos. Temos por hábito meter conversa e ouvir com atenção aquilo que nos quiserem contar, umas vezes mais, noutras menos. Por vezes acontece lançarmos a ponta de um fio enleado a ver quem nos ajuda a tecer uma história antiga: já ouviram falar no gigante de Giões?, perguntamos; ou, o Sr. Francisco no outro dia falou dos tempos em que andava em terras de Espanha a pastorear, não nos quer contar isso outra vez?
A isso chamamos andar à escuta.